Às vezes, o sonho vira pesadelo e as boas lembranças se transformam em tormento. Nessas horas, o que fazer, se nada mais faz sentido? Quando se percebe que, por mais que se deseje o contrário, a vida nunca será como se planejou?
Sonhos construídos no vento, que se tombam no chão como árvores no meio do furacão. O vestido branco que nunca será usado, o ventre que jamais irá gerar vida, o ruído de risadas de bebê que jamais ecoará pela casa, a pele que jamais se arrepiará ao toque daqueles dedos longos...
O que resta da vida sem isso? O que fazer sem sua presença? Dias intermináveis que se arrastam como castigo. Na face, um olhar distante e sem brilho dando provas de que nada vai bem. Adiante, apenas trevas, sem saber se haverá uma luz no final do caminho...